Antes do anúncio, o presidente do país, Pyotr Poroshenko, dirigiu-se ao Governo para propor a suspensão imediata do transporte de mercadorias por rodovias e ferrovias ao território reintegrado à Rússia em março do ano passado e reclamado, desde então, por Kiev.
Em carta enviada ao Executivo, Poroshenko afirma que a Ucrânia deve estabelecer o modelo de relacionamento que quer manter com a Crimeia.
Desde setembro, as mercadorias ucranianas com destino à Crimeia estão impedidas de entrar no seu território, devido a ação de um grupo nacionalista ucraniano que exige "o corte de relações comerciais com o território ocupado".
A Crimeia enfrenta atualmente uma grave carência no setor elétrico, depois que um grupo de radicais explodiu as únicas quatro torres de alta tensão, no Sul do país, que forneciam eletricidade ao território.
No local onde estão os quatro postos de alta tensão tem havido confrontos entre as forças da autoridade e os ativistas, que tentaram impedir que os técnicos reparassem os danos.
As autoridades da Crimeia e os representantes do governo russo consideraram o ataque como "ato terrorista" e responsabilizaram os ultranacionalistas, acusando também o presidente da Ucrânia de se colocar ao lado dos radicais, informou Agência Brasil.