Explosão no santuário-símbolo do militarismo do Japão

© REUTERS / Toru HanaiAs pessoas andam perto do santuário, depois de uma explosão no recinto do santuário Yasukuni, em Tóquio, Japão, 23 de novembro de 2015
As pessoas andam perto do santuário, depois de uma explosão no recinto do santuário Yasukuni, em Tóquio, Japão, 23 de novembro de 2015 - Sputnik Brasil
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Na segunda-feira (23) às 10 horas da manhã (horário local) uma explosão danificou um banheiro público no controverso santuário Yasukuni em Tóquio, que homenageia os mortos na Segunda Guerra Mundial.

A polícia suspeita que tivesse sido simples vandalismo. Ninguém ficou ferido, apesar de estar decorrendo um festival no território do templo.

O santuário Yasukuni, que homenageia 2,5 milhões de mortos, incluindo criminosos de guerra executados, tem sido alvo de críticas por parte da China e Coreia do Sul, que sofreu das atrocidades e agressão japonesas na Segunda Guerra Mundial.

Não ficou claro o que causou a explosão, mas foram encontrados um relógio e fios perto do local da explosão, de acordo com o serviço de notícias de Kyodo. A polícia irá rever as imagens nas câmeras de segurança em busca de pistas, disse o TBS. 

© AP Photo / Koji SasaharaSantuário Yasukuni depois da explosão em 23 de novembro, 2015
Santuário Yasukuni depois da explosão em 23 de novembro, 2015 - Sputnik Brasil
Santuário Yasukuni depois da explosão em 23 de novembro, 2015

Segundo o canal televisivo NHK, as câmeras fixaram um homem entrando no banheiro público pouco antes do acidente. Nas mãos ele tinha um pacote. 

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A polícia sublinha que a explosão não foi dirigida contra os japoneses mas contra o santuário em si mesmo. Já houve casos de danificação do monumento em 2011 e 2013. 

O santuário Yasukuni é um motivo de tensões com os vizinhos do Japão no que se refere à agressão do país no período do militarismo. Alguns parlamentares japoneses têm insistido em fazer visitas oficiais em nome do patriotismo, enquanto outros dizem que tais visitas glorificam os erros históricos do Japão.

O primeiro-ministro Shinzo Abe visitou o santuário uma vez, em 26 de dezembro, durante o seu mandato.

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