Segundo declarou Keiichi Ishii, ministro da Terra e Infraestutura japonês, em coletiva em Tóquio, as tentativas das autoridades de Okinawa de interromper a construção da nova base “podem influenciar negativamente as relações de confiança com os EUA e a aliança americano-japonesa”.
O representante da divisão de Okinawa do Partido Democrático do Japão, Masaki Hanashiro, criticou, em declarações à emissora Sputnik, esta decisão do governo japonês.
“Acho que o fato de que o governo do Japão na questão da base recorre a uma pressão tão séria nada tem a ver com a democracia”, disse.
Ele lamentou à decisão e argumentou a sua opinião:
“Uma vez que a garantia de segurança é importante para todo o país, seria natural o governo atuar tendo em conta a vontade de cidadãos da Okinawa”.
Lembramos que, em 13 de outubro, o governador da Prefeitura de Okinawa, Takeshi Onaga, retirou oficialmente a autorização para construir o aterro na linha costeira de Henoko, necessário para transferir a base militar norte-americana de Futenma para o local.
O deputado da câmara baixa do Parlamento japonês da Prefeitura, Seiken Akamine, divulgou à Sputnik as razões das autoridades de Okinawa para tomar tal decisão.
“A criação do aterro na linha costeira de Henoko significa que Okinawa mantém para sempre o estatuto de ilha na qual estão localizadas bases militares”, disse.
Mas, segundo o político japonês, a situação ainda não acabou:
“O governo provavelmente tentará recomeçar a construção usando vários métodos sujos, mas o povo da prefeitura de Okinawa está disposto a resistir, respondendo com manifestações de protesto de larga escala na entrada de Henoko e no mar.”
Segundo Seiken Akamine declarou à Sputnik, o problema não só é de Okinawa, mas também de todo o Japão. Ele sublinhou especialmente, que “é necessário mostrar que os cidadãos do Japão não permitem a construção da nova base em Henoko”.