Quando a Rússia começou a operação aérea na Síria, os EUA e os seus aliados se apressaram a chama-la de catástrofe, mas esta se tornou tão bem sucedida que deixou os adversários incrédulos, segundo escreveu Josh Cohen no seu artigo.
“Graças a uma tática subtil e aos receios gerados pelos atentados em Paris, a Síria está se tornando uma grande vitória estratégica de Vladimir Putin”, escreveu.
Segundo o analista, o presidente russo já atingiu o seu primeiro objetivo: proteger o regime do presidente sírio Bashar Assad das tentativas de derrubada.
“Apanhando os EUA de surpresa, Putin estabeleceu de fato uma aliança com as principais forças xiitas na região, inclusive o Irã, o Iraque, o Hezbollah e a Síria”, escreveu.
O analista também notou que a influência da Rússia aumentou significativamente entre os sunitas e em Israel.
Mesmo o presidente dos EUA Barack Obama está pronto para procurar um compromisso quanto à crise síria, e mesmo chamou Putin de "parceiro construtivo".
Mais do que isso, de acordo com Cohen, a cooperação entre os dois países sobre a questão da Síria pode levar ao levantamento das sanções impostas à Rússia pelos EUA e seus aliados na União Europeia.
"As ações corajosas na Síria Putin mudaram o cenário geopolítico mundial", concluiu o especialista.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, uma operação aérea contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico.
Depois da chegada dos russos, das suas forças, armas e apoio aéreo, junto com o envolvimento crescente do Irã e do Hezbollah, o equilíbrio está sendo alterado a favor de Damasco.