Piloto do Su-24 abatido: não houve avisos da parte turca

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Pilotos militares russos na base aérea de Khmeimim na Síria - Sputnik Brasil
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O piloto do Su-24 que foi salvo pela equipe de resgate russa e por soldados sírios disse que não houve avisos da parte turca antes do ataque, informou na quarta-feira (25) a RIA Novosti.

O piloto salvo russo do Su-24, capitão Konstantin Murakhtin, afirmou que, antes do incidente do Su-24, não houve quaisquer avisos da parte turca, nem visuais, nem através do rádio, informou a RIA Novosti.

“Na verdade, não houve quaisquer avisos. Nem de rádio, nem visuais. Não houve contato nenhum. Por isso, nós iniciamos a missão de combate em regime normal. Temos de perceber qual é a velocidade do bombardeiro e qual é do caça F-16. Se quisessem nos avisar podiam mostrar-se escolhendo o rumo paralelo. Mas não houve nada. O míssil abateu a cauda do nosso avião de imediato. Nem o vimos para fazer uma manobra antimíssil”, afirmou o piloto russo.

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Murakhtin disse que “nem por um segundo” pode admitir que o Su-24 violou o espaço aéreo turco.

“Não, não, isso é completamente impossível. O que é mais importante é que voávamos à altitude de 6 mil metros, o tempo estava bom ou, como se costuma dizer, muitíssimo bom, afirmou o piloto respondendo à questão se ele e o seu colega podiam não ter reparado que estavam no espaço aéreo turco".

© Sputnik / Dmitry VinogradovPiloto salvo do Su-24, Konstantin Murakhtin, (ao centro de costas) fala com jornalistas na base áerea de Hmeymim, Lataquia, Síria, 25 de novembro de 2015
Piloto salvo do Su-24, Konstantin Murakhtin, (ao centro de costas) fala com jornalistas na base áerea de Hmeymim, Lataquia, Síria, 25 de novembro de 2015 - Sputnik Brasil
Piloto salvo do Su-24, Konstantin Murakhtin, (ao centro de costas) fala com jornalistas na base áerea de Hmeymim, Lataquia, Síria, 25 de novembro de 2015

O piloto também afirmou que a tripulação do Su-24 abatido conhecia a área da tragédia do avião como os dedos das suas mãos.

“Todo o nosso voo antes da explosão do míssil era plenamente controlado por mim. Podia ver no mapa e no terreno onde estava a fronteira e onde estávamos nós. Não havia sequer um risco mínimo de entrar na Turquia”, disse o militar russo.

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O piloto russo afirmou que quer continuar na Síria.

“Com certeza, espero ansiosamente que me deem alta para retornar ao serviço. Vou pedir ao comando que me deixe ficar nesta base aérea. É a minha obrigação vingar o comandante [do Su-24]”, disse Murakhtin.

O piloto sobrevivente russo disse que agora se sente bem porque os médicos militares da base de Hmeymim "fazem milagres".

Nesta terça-feira (24), um caça russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco em espaço aéreo sírio. Os dois pilotos do avião conseguiram se ejetar antes de o avião cair. Um dos pilotos foi ferido quando descia de paraquedas e foi morto por islamistas. O copiloto foi salvo e enviado para a base de Hmeymim. O Ministério da Defesa sublinha que, durante todo o voo, o avião se manteve sempre sobre o território da Síria. Isto foi registrado por meios de controle objetivos", acrescentou o departamento militar.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou o ato como "um golpe nas costas".

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