O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, diz que as chamadas "instalações de apoio" fornecerão "apoio logístico" para o reabastecimento, com combustível e provisões, e para o descanso de navios da Marinha chinesa.
"A construção dessas instalações ajudará a Marinha e o Exército da China a participar mais ativamente das operações de manutenção da paz da ONU, a realizar missões de escolta nas águas perto da Somália e do Golfo de Áden, e a prestar assistência humanitária", disse o diplomata chinês em seu briefing diário na quarta-feira (25), segundo relata a Reuters.
O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Wu Qian, também se pronunciou sobre o assunto em uma coletiva de imprensa mensal, repetindo grande parte dos comentários da chancelaria, mas acrescentando um detalhe importante: a "China deseja desempenhar um papel maior na garantia da paz e da estabilidade regionais".
Pequim também enfrenta a pressão pública para proteger seus cidadãos no exterior, especialmente depois de quatro chineses terem sido mortos por grupos terroristas na Síria e no Mali, na semana passada. Também pode ser que a China precise evacuar seus nacionais da região, como fez na Líbia em 2011 e no Iêmen, em março.
Ao mesmo tempo, a China está se esforçando para construir uma Marinha capaz de operar em águas oceânicas com alcance global. Há alguns anos, o país encomendou seu primeiro porta-aviões, batizado de "Liaoning", que construído originalmente para a Marinha Soviética. Programas navais similares para construir navios de guerra e submarinos nucleares avançados também estão em andamento.
Djibouti é um país de localização estratégica, na medida em que controla o acesso entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico, e tem sido usado por marinhas internacionais — incluindo a da China — como uma base para combater os piratas da vizinha Somália.