“Se Erdogan esperava que, por ser integrante da OTAN, podia ter ‘carta-branca’ para fazer tudo o que quisesse, tal ideia é completamente falsa”, disse Jakub Mares no seu artigo no site Blog.Respect. dedicado à geopolítica.
Ao mesmo tempo, a política turca na Síria sob a liderança de Erdogan é parcialmente uma “pedra no sapato”, por causa do seu comércio dinâmico com o Estado Islâmico.
Para a OTAN, a Turquia é um membro indispensável porque controla [os estreitos de] Bósforo e Dardanelos, mas a política regional da Turquia está em conflito com a dos outros membros. Podemos assumir que, independentemente do apoio público das ações de Erdogan quanto ao Su-24 russo, os comentários privados dos líderes da OTAN podem ser diametralmente contrários, destacou.
Em termos diplomáticos, o passo da Turquia não agradou a ninguém, disse o jornalista, acrescentando que a aliança não tem razões específicas para apoiar fortemente Ancara.
Toda a situação no Oriente Médio está se deteriorando significativamente e há um grande risco de uma escalada maior. Todavia, para a Rússia é mais fácil agora prestar apoio ao governo de Assad e às Forças Armadas sírias, destaca o autor.