It's not just me who is against air strikes on Syria. NATO general says they are useless. https://t.co/IxXRuqNoj2 pic.twitter.com/aiqKfEkjbD
— Carolyn Harris (@carolynharris24) 30 novembro 2015
O oficial se mostrou cético em relação às alegações de Cameron de que havia 70.000 combatentes rebeldes "moderados" atuando no território da Síria, os quais seriam capazes de se beneficiar com os ataques aéreos britânicos contra o EI. Segundo Shirreff, o Ocidente eventualmente precisaria se engajar em operações terrestres no país árabe para conseguir tomar o principal reduto do grupo – a cidade de Raqqa.
"Não é algo que você vai conseguir com 70.000 dos chamados moderados sírios", disse ele, citado pelo jornal The National.
"Para tomar uma cidade de 350 mil pessoas vai ser preciso uma força enorme. Qualquer combate em cidades absorve tropas de modo massivo. É muito fortemente conflitivo, é sangrento e é um negócio sério", advertiu o general.
Milhares de pessoas também foram às ruas do país no fim de semana para protestar contra os ataques aéreos planejados. Quatro mil pessoas se reuniram diante da residência de Cameron em Londres, enquanto outros manifestantes mobilizavam multidões em uma série de outras cidades do Reino Unido.
O Partido Trabalhista, oposição ao atual governo, também representa uma grande força contra os planos do premiê. O líder da legenda, Jeremy Corbyn, diz que os ataques aéreos vão simplesmente levar a mais mortes de civis e à criação de mais refugiados na Síria.
No entanto, o Partido Trabalhista está profundamente dividido sobre a questão, com muitos deputados, incluindo o vice-líder Tom Watson e o porta-voz para a área de Relações Exteriores Hilary Benn, dizendo que apoiam o apelo de Cameron.
A decisão do Partido Trabalhista pode, portanto, revelar-se crucial, especialmente porque se espera que vários deputados conservadores do próprio partido governista votem contra o primeiro-ministro.
Ainda marcado por sua embaraçosa derrota política na Câmara dos Comuns a respeito de uma intervenção na Síria em 2013, Cameron declarou que só vai tentar uma votação se houver um consenso político geral sobre a questão.