Segundo escreveu o site analítico What They Say About USA (O que dizem sobre os EUA), ao enfrentar a dura realidade, os países ocidentais devem reexaminar a sua agenda política, tendo em conta a ameaça muito séria de terrorismo que paira sobre a União Europeia.
O presidente francês François Hollande declarou que Paris não tem outros inimigos além do [grupo terrorista] Estado Islâmico e que a França está comprometida com a luta contra o grupo que tomou responsabilidade pelos ataques de 13 de novembro.
A Rússia estava chamando a atenção há muito tempo à ameaça do terrorismo. O pedido oficial do presidente sírio Bashar Assad em 30 de setembro deu início à operação aérea contra os grupos terroristas EI e Frente Nusra. Assad já qualificou a operação russa como mais eficiente do que a campanha da coalizão internacional liderada pelos EUA.
De acordo com o site analítico, mesmo o presidente norte-americano Barack Obama fez declarações sobre “o papel construtivo” da Rússia na crise síria.
Após os atentados em Paris, os apelos do presidente russo Vladimir Putin a unir os esforços e intensificar a cooperação militar foram enfim tomados em conta pela França, e esta última enviou o seu porta-aviões Charles de Gaulle ao mar Mediterrâneo.
Todas as alterações mencionadas acima indicam o início de mudanças nas políticas dos países ocidentais, que levaram ao aumento da ameaça terrorista e à ampliação do território controlado pelos terroristas do EI.
Para que o confronto com os grupos terroristas venha a ser bem sucedido, é necessário uma boa liderança, o que não aconteceu nos últimos cinco anos porque alguém estava deliberadamente jogando em dois tabuleiros, o que só ajudou os terroristas a ganhar mais poder e territórios.
Mas agora, após todos os últimos acontecimentos, as estratégias e política em relação à crise síria, migratória e à luta contra terrorismo estão mudando, e quando mudarem, poderão evitar desastres, vítimas mortais e garantir a segurança e a paz não só na região, mas em todo o mundo.