Na segunda-feira (30), ao conceder entrevista a jornalistas em Paris, onde participou da abertura da conferência do clima, Dilma discordou de Macri sobre posicionamentos a serem tomados no âmbito do Mercosul. Ela disse que não vai apoiar a utilização da chamada “cláusula democrática”, como pretende o argentino, com o intuito de retaliar a Venezuela.
Segundo a presidenta, é necessário um fato determinado para que a medida seja adotada no bloco regional que reúne, além dos três países, Paraguai e Uruguai. A próxima cúpula de líderes do Mercosul está marcada para o dia 21 de novembro, na capital paraguaia Assunção.
O novo chefe de Estado e de Governo do país vizinho toma posse no próximo dia 10. Em sua primeira entrevista concedida após ser eleito, na semana passada, Macri prometeu invocar a cláusula, que prevê desde sanção comercial até a suspensão do bloco, “pelos abusos que [o governo venezuelano] está cometendo, como a perseguição de opositores e [a suspensão] da liberdade de expressão”.