De acordo com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, o Exército vai participar com um efetivo de 25 mil homens e mulheres, reforçando as ações de agentes de saúde de alguns municípios no combate ao mosquito, mas a maior ajudar tem que vir da sociedade em combater os focos dentro de casa.
“Nós vamos ter um encaminhamento, e aí o Exército vai participar, e na medida em que for necessária a distribuição do seu efetivo pelas cidades, nós vamos fazer isso”, afirma o ministro. “Os militares vão ficar até que a gente possa debelar o máximo possível essa curva ascendente. Nós temos aí por volta de 45 a 60 dias para fazer um trabalho efetivo, mas eu volto a dizer o seguinte: não haverá força militar suficiente se não houver o envolvimento de todos. Acho que esse é o grande apelo do Governo do Estado, do Governo Federal, dos municípios, mas da sociedade de uma maneira geral. É o envolvimento de toda a população que vai conseguir combater, porque é dentro da casa que está o local onde o mosquito coloca seus ovos.”
Segundo o comandante do Exército no Nordeste, General Manoel Pafiadache, inicialmente cerca de 250 militares foram treinados e estão prontos para o combate ao mosquito em Pernambuco.
“Nós já temos um efetivo em torno de 250 homens, que recentemente fizeram uma capacitação e atuação no Município de Recife, junto com a Secretaria Municipal de Saúde”, conta o General Pafiadache. “Parece que esses homens já podem o mais rápido possível entrar em ação para dar uma resposta imediata ao problema. Entretanto, nós vamos junto com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde fazer um planejamento para atuar aqui na área e em outras regiões do Estado de Pernambuco, com alguns municípios que já estão com foco sensivelmente preocupante.”
No que diz respeito à expansão dos casos de microcefalia, provocados pelo vírus zika, por ser uma situação inédita não só no Brasil mas em todo o resto do mundo, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explicou que os Estados Unidos e a Europa já estão acompanhando os casos e vão ajudar o Brasil.
“Solicitamos o apoio internacional na investigação e no conhecimento da doença que era inédita no continente americano. Prontamente esses organismos puseram a notícia nos seus sítios de internet e ofereceram apoio de especialistas do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Dois deles virão a Recife para conhecer de perto a situação. O Centro de Controle de Doenças europeu também divulgou em seus sítios o que está acontecendo aqui. O texto foi compartilhado por nós, informando a situação brasileira, que é uma situação inédita na saúde pública mundial e já serve de alerta para o mundo todo, uma vez que o vírus está de expandindo.”
As organizações também recomendam no comunicado conjunto que os países reforcem a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e que também reforcem o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando.