Alvo final da célula afegã do Daesh é a Rússia

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Militantes del grupo terrorista Estado Islámico - Sputnik Brasil
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Após a criação do governo da assim chamada “unidade nacional”, grupos terroristas antigovernamentais começaram a se reunir em províncias do norte do Afeganistão. Entre os grupos, está o Daesh, também conhecido como “Estado Islâmico”, que tem mantidas aterrorizadas grandes áreas na Síria e no Iraque.

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Especialistas opinam que o Daesh está muito interessado em espalhar a sua influência pela Ásia Central. Dali vem a vontade dos jihadistas de se concentrar em províncias setentrionais do Afeganistão perto das fronteiras com o Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão.    

O governo afegão junto com a ISAF (Força Internacional de Assistência para a Segurança) ainda não podem organizar resistência aos militantes do Daesh que matam civis e pilham aldeias. A OTAN e a ISAF alegadamente não pretendem endurecer o controle sobre movimento de terroristas e lutar contra eles. Assim, tornou-se público alguns dias atrás que a OTAN já não precisa de trânsito terrestre através do território russo de mercadorias para abastecimento da operação no Afeganistão devido à redução das suas escalas. Isso foi declarado pelo secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, após o encontro de chanceleres dos países da OTAN sobre o Afeganistão.

Nestas condições a situação irá somente piorar. Se a comunidade internacional não apoiar de modo próprio o Afeganistão na sua luta antiterrorista, é possível que seja criado um “Emirado Islâmico do Daesh” no Afeganistão, disse à Sputnik Haji Mohammad Mahdiyar, líder do movimento “Morte ao Daesh e terroristas”:

“Os conhecimentos que temos sobre o Talibã e o Daesh (para mim estes dois grupos são um todo) provam que se os terroristas alcançarem os seus objetivos no Afeganistão, é possível que no futuro próximo eles vão criar um ‘Emirado Islâmico’ e irão usar o país como um trampolim para alcançar os seus objetivos nos países da Comunidade dos Estados Independentes [CEI, grupo que reúne alguns dos países que tinham sido parte da União Soviética] e mais tarde na Rússia. Criando um covil no Afeganistão, os militantes do Daesh terão a possibilidade de efetuar atos terroristas não só no Tajiquistão e Uzbequistão, mas também na Rússia”.

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Entretanto o especialista expressou esperança de que o Afeganistão não seja deixado sozinho perante a ameaça terrorista:

“Nós esperamos que os países em relação aos quais existe ameaça real de exportação de terrorismo do Afeganistão, não deixem o nosso país sozinho perante o nosso inimigo comum. Neste caso, não tenho dúvida, o Daesh nunca alcançará os seus objetivos horríveis. Ainda são frescas as memórias da conquista do Afeganistão por terroristas representados por talibãs… Então, esperamos que antes que seja tarde a comunidade mundial tome medidas de destruição de terroristas no Afeganistão”.

Haji Mohammad Mahdiyar avalia de maneira positiva as ações antiterroristas da Rússia na Síria:

“A Rússia tomou a tempo a decisão de realizar uma operação aérea antiterrorista na Síria. Mostrou aos outros países como é preciso combater o terrorismo. Esperamos que a Rússia continue as suas ações até a destruição total dos terroristas na Síria. E os países que censuram as ações da Rússia são eles mesmos recrutadores de terrorista e seus cúmplices”. 

Segundo as fontes da Sputnik, a primeira célula do Daesh no Afeganistão foi criada em uma província meridional do país – em Helmand. Foi chefiada por um dos senhores da guerra do Talibã Mullah Raouf Hadem. Depois disso os militantes começaram a se expandir em outras partes do país.

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