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Impeachment: 'tentativa de golpe da oposição que não aceitou o resultado das eleições'

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Após o acolhimento do pedido de impeachment por parte do presidente da câmara, Eduardo Cunha, a presidente Dilma Rousseff afirmou que recebeu com indignação a decisão de abertura de processo contra ela. Ela lembrou que seu mandato foi conferido democraticamente pelas urnas.

Em entrevista exclusiva à agência de notícias Sputnik Brasil, o Deputado federal do PT (MT), Ságuas Moraes, falou sobre a decisão de acolher o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. 

 

Sputnik Brasil: Deputado, como o Sr. recebeu a decisão do presidente da câmara, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff?

Bandeira do PT em manifestação de apoio ao partido, em 16 de agosto de 2015 - Sputnik Brasil
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PT não aceitará processo de impeachment passivamente
Deputado Ságuas Moraes: Na nossa opinião é um absurdo, porque nós vimos tratando deste assunto como uma tentativa de golpe da oposição que não aceitou o resultado das eleições até hoje, e articulada com o presidente da câmara, que estava trabalhando essa questão do impeachment. Eles perderam a oportunidade, por conta do desgaste do Eduardo Cunha, e resolveram afastar e pedir a cassação dele, e nesse momento que o Eduardo Cunha tinha expectativa que o PT o apoiaria no Conselho de Ética, o PT tirou uma resolução de que não o apoiaria e a partir daí ele voltou a se aliar com o PSDB e ao DEM para o pedido de impeachment que na nossa opinião é uma tentativa de golpe. 

"Contra esse governo, contra a presidenta Dilma não pesa nenhum ato de responsabilidade que ensejaria um impeachment", afirmou o deputado. 

Sputnik Brasil: Deputado, a bancada do PT esteve reunida na manhã desta quinta-feira reunião esta que se estendeu até o início da tarde. O sr. pode nos revelar que decisões foram tomadas pelos parlamentares do Partido dos Trabalhadores?

Ságuas Moraes: Em primeiro lugar, manter a unidade de todo o partido para que possamos caminhar com força nesse processo. Nós vamos começar a fortalecer a nossa aliança com os partidos da base no sentido de mostrar claramente a tentativa do golpe, e que ficou claro e evidente, porque uma hora após tomarmos a decisão de que não apoiaríamos Eduardo Cunha na Comissão de Ética, ele anunciou o impeachment. Assim, juntamente com a base de apoio ao governo da presidenta Dilma, vamos buscar dialogar com a sociedade, dialogar com os movimentos sociais pra deixar claro que existe um conluio do PSDB, do Aécio Neves, do DEM, com o presidente Eduardo Cunha, que, como tudo indica, deverá ser cassado, na tentativa de dar um golpe contra o nosso governo eleito democraticamente. Contra esse governo, contra a presidenta Dilma não pesa nenhum ato de responsabilidade que ensejaria um impeachment.   

 

Com a aceitação do pedido impeachment, uma comissão de deputados será criada para emitir um parecer sobre a abertura efetiva ou não do processo de impedimento da presidente. A decisão de afastar a presidente do cargo só é tomada após o trabalho dessa comissão e precisa ter o apoio de 342 deputados.

Esse parecer terá ainda de ser votado em plenário e, em caso de decisão de abrir processo de impeachment, ele irá ao Senado e Dilma será afastada do cargo até o julgamento.

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