O Bundestag (parlamento alemão) aprovou a operação militar do Bundeswehr (exército da Alemanha) na Síria na sexta-feira (4). Mais antes nesta semana, o governo federal já decidiu instalar até 1,2 mil soldados no país mergulhado na guerra civil por um ano, informou a mídia alemã.
Entre os numerosos problemas na região os países que intervêm devem lidar com as divisões entre os curdos. Por exemplo, o Governo Regional do Curdistão, órgão dirigente da região com a dominância curda no norte do Iraque apoiado pelos EUA, Alemanha e Turquia, se manifesta contra declarações da Rússia sobre o comércio de petróleo entre o Daesh e a Turquia através do território sírio.
“É incrível que a Rússia pense que as forças peshmerga foram envolvidas no comércio de petróleo com o Daesh. Porque é evidente de declarações que fez”, disse o porta-voz do Governo Regional do Curdistão, Safin Dizai.
Assim, é difícil superar as divergências entre os curdos que podem agravar mais o conflito no país. A instalação do Bundeswehr na zona de combate não contribuirá para a reconciliação e somente piorará o conflito.
A Alemanha tem a vontade de responder aos recentes atentados em Paris e mostra que o governo alemão não permanecerá a parte. Todavia, a grande maioria dos alemães receia que a operação militar na Síria possa afetar segurança doméstica e elevar o risco de atentados terroristas na sua pátria.
Segundo a sondagem realizada pelo instituo YouGov, 71% dos alemães pensam que a ameaça do terrorismo na Alemanha aumentará em resultado da operação militar do Bundeswehr contra o Daesh. Só 18% dos respondentes não pensam que isso seja possível.