A apresentação do rascunho do acordo, programado para o final da manhã deste sábado, significa o fim dos trabalhos do Grupo de Trabalho Ad Hoc (ADP), formado por representações diplomáticas de todos os países para traçar as linhas gerais de um acordo "legalmente vinculante" que se tornará o principal instrumento da luta contra o aquecimento global a partir de 2020.
A partir de então, o governo da França, país-sede, assume o papel de mediador das negociações, enquanto ministros de Estado que representam as nações na conferência-quadro das Nações Unidas entram em cena com um papel mais ativo. Na prática, significa que o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, também presidente da COP-21, passa a ter a responsabilidade de conduzir o texto, que será então debatido por executivos com um poder de decisão maior.
O otimismo, entretanto, se encerra aí. "A conta ainda não fecha" disse Fabius, pedindo celeridade. "Espero que o espírito de compromisso prevaleça e que o texto que será apresentado amanhã seja o mais finalizado possível."