"Um problema que eles enfrentam é que grande parte da sua renda nos últimos dois anos se baseava na conquista, confisco e extorsão, e todas essas coisas não são sustentáveis", disse Quinn Mecham, um professor assistente de Ciência Política na Universidade Brigham Young, citado pelo The Washington Post. "E agora eles estão perdendo território, e que faz com que seja difícil continuar a extrair receitas».
Desde que a Rússia começou a sua campanha aérea contra o Daesh a pedido do governo sírio em 30 de Setembro, tendo como alvo as principais áreas produtoras de petróleo da organização, o comércio ilegal de petróleo do grupo caiu 50%.
A aviões de guerra britânicos também entraram em cena e começaram a bombardear alvos na Síria na quinta-feira (3).
O analista Colin P. Clarke disse que espera que as finanças do grupo sofram ainda mais assim que os ataques aéreos se intensifiquem.
«Os efeitos não serão vistos logo, mas, a fim de manter as operações, o grupo provavelmente vai ter que reduzir os pagamentos e o número de pessoas que trabalham lá», disse Clarke.
Depois que as forças curdas recapturaram grandes territórios, o Daesh teve que aumentar a carga fiscal sobre os territórios que ainda tem sob seu controle, com uma população de 6-9 milhões de pessoas.
O Daesh apreendeu vastos territórios no Iraque e na Síria em 2014, buscando estabelecer um califado regido pela lei da Sharia. O grupo visa expandir sua influência e luta contra as autoridades oficiais destes países. A Rússia proibiu o Daesh no seu território, o classificando como organização terrorista.