No sábado (5), Bagdá descreveu a decisão como "uma grave violação da soberania iraquiana", uma vez que não tinha sido autorizada pelas autoridades do país.
"Nós poderemos em breve pedir à Rússia uma intervenção militar direta no Iraque em resposta à invasão turca e à violação da soberania iraquiana", disse al-Zamili.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider Abadi, também exigiu que a Turquia retirasse imediatamente suas forças, que incluiriam tanques e artilharia, da província de Nínive. O presidente iraquiano, Fuad Masum, referiu-se ao incidente como uma violação do direito internacional e exigiu que Ancara se abstenha de atividades semelhantes no futuro, segundo noticiou o canal de TV Al-Sumaria.
Neste domingo (6), o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, declarou em entrevista coletiva que as tropas turcas haviam sido convidadas pelo Ministério da Defesa iraquiano.
"O Ministério da Defesa do Iraque fez um pedido para treinar os militares iraquianos. O mesmo convite também foi estendido a nós pelo governador da província de Nínive. Nossos militares treinam nessa região tanto as forças da Guarda Nacional do Iraque quanto as forças Peshmerga, que liderarão a luta contra a organização terrorista Estado Islâmico (Daesh em árabe). Isso é feito não só pela Turquia, mas também pelos Estados Unidos, Alemanha e França. Os militares turcos estiveram lá desde o início, a convite das autoridades iraquianas", disse Cavusoglu aos repórteres.