Wikileaks: Erdogan é que planejou o abate do Su-24 russo

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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, planejava abater o avião de guerra russo envolvido em campanha contra o Daesh de Moscou na Síria seis semanas antes do incidente do Su-24, comunica o Wikileaks a informação da fonte nas autoridades turcas.

Erdogan está preocupado com o resultado das próximas eleições e está contemplando derrubar um avião russo, postou o usuário anônimo do Twitter, que atende pelo nome de Fuat Avni, em 11 de outubro.

Fuat Avni, que muitas vezes compartilhou informações privilegiadas precisas que expõe Erdogan e o seu governo, é dito ter afirmado que Erdogan foi o único a dar ordem para abater o bombardeiro russo sobre a Síria sob o falso pretexto de que a aeronave violou o espaço aéreo turco.

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De acordo com as informações do WikiLeaks compartilhadas no Twitter, Erdogan vinha tentando mobilizar os seus eleitores antes das eleições gerais, que foram realizadas em 1 de novembro, escalando drasticamente as tensões com a Rússia. O Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) no poder, que foi fundada por Erdogan, conseguiu recuperar a maioria parlamentar, que perdeu cinco meses antes.

Após a vitória do AKP, o presidente Erdogan, que tem os poderes limitados, tem pressionado por uma nova Constituição, que iria conceder o presidente significativamente mais poderes. No entanto, o AKP ainda precisa de mais 13 votos para ser capaz de realizar um referendo sobre esta questão.

"A eleição de 1 de novembro marcou o início de quatro anos de estabilidade e confiança. Vamos fazer deste período uma época de reformas, priorizando uma nova Constituição", disse Erdogan em 10 de novembro.

O incidente com o avião russo Su-24, abatido pela aviação turca na Síria, provocou uma séria deterioração das relações entre a Rússia e Turquia. O caso foi tachado de "um golpe nas costas" pelo presidente russo Vladimir Putin e levantou sérias denúncias sobre o suposto envolvimento do presidente turco Erdogan no comércio ilegal de petróleo promovido pelo grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) na Síria.

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