Xi Jinping frisou que a cooperação com a África visa melhorar a imagem internacional do continente e elevar as relações bilaterais a uma nova etapa.
Por sua vez, o chanceler chinês, Wang Yi, refutou as críticas por parte do Ocidente e da elite política de uma série de países africanos que acusam a China de neocolonialismo. O ministro salientou que a China nunca faz pressão política, intervém nos assuntos internos ou faz as pessoas fazer o que eles não querem ou não podem fazer. A China tem como objetivo a cooperação vantajosa para todos, afirmou Wang Yi.
A especialista russa em assuntos africanos do Instituto da África, Tatiana Deich, não considera as ações da China no continente como neocolonialismo, embora não negue que muitos chineses moram e trabalham na África, que as empresas chinesas substituem os empresários locais:
“Há muitas falhas, mas os líderes dos países africanos consideram que as vantagens são maiores… [A China] é uma 'pedra no sapato' daqueles que não fazem tanto na África ou que foram substituídos lá pela China. A China dá um grande apoio à África – linhas de crédito, créditos em condições favoráveis com longo período de amortização. Estes créditos são concedidos quando o Ocidente ignora abertamente as necessidades e pedidos da África”.
Alguns anos atrás, a China ultrapassou os EUA e a UE e se tornou a principal parceiro comercial da África. A circulação de mercadorias entre eles atingiu 22 bilhões em 2014, os investimentos foram de 32, 4 bilhões de dólares. Sem dúvida, o intercâmbio vai crescer ainda mais depois da visita de Xi Jinping.