O departamento afegão da Sputnik afirma que os afegãos não tem muito apego às ideias do Daesh. Contudo, o recrutamento se confirma aqui também.
Para o Afeganistão, país assolado por uma guerra civil prolongada com a ingerência de forças armadas de diversos países estrangeiros, o terrorismo é um problema importantíssimo. O território nacional é disputado entre o movimento terrorista Talibã e a temível al-Qaeda. Se o Daesh, com os seus métodos agressivos, vir aqui, a situação ameaça piorar.
As autoridades políticas do Afeganistão reconhecem a ameaça terrorista como altamente importante e se esforçam em fazer passos pensados e adotar medidas adequadas e bem pesadas.
Um desses passos foi a declaração do presidente do governo de unidade nacional da República Islâmica do Afeganistão, Abdullah Abdullah, de tornar o país membro permamente da Organização para Cooperação de Xangai (SCO). A declaração foi feita durante a cúpula da SCO na China.
A SCO é uma organização que possui um forte potencial de defesa. Chama-se Estrutura Regional Antiterrorista e "reitera a prontidão de reforçar a cooperação dos órgãos competentes dos Estados-membros da SCO na luta contra 'três males' — o terrorismo, o separatismo e o extremismo".
Em entrevista à Sputnik, Sayhun Sayfuddin, professor da Universidade de Cabul, disse que o país espera a ajuda da SCO na luta contra o terrorismo.
"Parece que hoje em dia só a SCO tem a capacidade de combater eficientemente o terrorismo no Afeganistão. Tem a capacidade para fazer isso. Fora a SCO, nenhuma organização é capaz de solucionar esta tarefa. Ninguém mais irá trazer paz ao Afeganistão. Por isso é que o Afeganistão precisa se tornar membro permanente da organização", disse Sayfuddin.
O problema do terrorismo no Afeganistão foi discutido na cúpula dos BRICS e da SCO em Ufá em julho. Também em meados do ano corrente, a parte russa discutiu ativamente sobre o assunto.