Sérvia quer que União Europeia siga exemplo da Rússia

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensTomislav Nikolic
Tomislav Nikolic - Sputnik Brasil
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O presidente sérvio está pensando se a participação da Sérvia na União Europeia pode ou não danificar as relações econômicas com a Rússia.

O presidente sérvio, Tomislav Nikolic, declarou em entrevista ao canal de TV estatal RTS que a Rússia pode ficar descontente com a integração da Sérvia à União Europeia, mas Moscou nunca mencionou o fato como um problema para as relações com Belgrado.

“Eu estou pensando no seguinte: se a participação da Sérvia na União Europeia danificaria as nossas posições econômicas na Rússia”, notou Nikolic.

Ele opinou também que Belgrado deve insistir em que Bruxelas não apresente condições à Sérvia na questão das relações com a Rússia, copiando a Moscou que nunca faz isso.

“A UE hoje atua em muitos aspectos como um Estado supranacional. Se a UE pudesse, obrigaria os cinco países [Grécia, Eslováquia, Espanha, Chipre, Romênia] a reconhecerem o Kosovo. Mas estes não reconhecerão a independência de Kosovo e não serão expulsos da UE. Nós poderíamos fazer o mesmo”, disse.

O presidente sérvio fez a declaração comentando a possibilidade de que o reconhecimento de Kosovo pode se tornar a condição obrigatória para a participação da Sérvia na União Europeia.

Um homem passa perto da cartaz com inscrições Rússia e Sérvia, 17 de outubro de 2014 - Sputnik Brasil
Rússia e Sérvia se aproximam como nunca
Comentando as relações da Sérvia com a UE e a Rússia, Nikolic sublinhou que o seu país precisa do apoio de todos os lados:

“Após eu me dirigir com o pedido à Vladimir Putin, a Rússia bloqueou na ONU a resolução sobre o genocídio em Srebrenica. Se alguém na Sérvia decidir ignorar completamente o fato da existência da Rússia, a grande questão apareceria: quem nos ajudaria de aplicar veto quando na próxima vez necessitaria?”.

Mais cedo durante a reunião com o embaixador da Rússia na Sérvia, Aleksandr Chepurin, o presidente sérvio notou que o seu país “continua fiel à Rússia”:

“Esta é a posição do nosso povo e nós, políticos, existem para o povo, e não vice versa”.

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