De acordo com o relatado pela pasta da Defesa estadunidense, a razão para o reforço dos terroristas é o enfraquecimento da presença militar estadunidense no país.
O relatório, citado pela agência de informações AP, informa sobre o aumento do nível da violência no Afeganistão, afirmando que o Talibã pode atacar com ainda mais força em 2016.
Foi o Talibã quem primeiro ocupou a cidade de Kunduz, no Norte do Afeganistão.
Foi o Talibã também o alvo declarado da aviação da OTAN que bombardeou o hospital da organização internacional de caridade Médicos Sem Fronteiras (MSF), ato que em seguida foi considerado como crime du guerra pela ONU.
"Definitivamente nós não estamos em uma trajetória positiva no Afeganistão no momento", comentou o senador Bob Corker, que preside o Comitê das Relaçõs Internacionais do Senado norte-americano.
'Pegada ligeira'
As forças da OTAN (principalmente tropas estadunidenses) apoiam as forças afegãs em um período prolongado de pós-guerra, próximo da guerra civil. Mais cedo neste ano, o general John Campbell, comandante da missão da Aliança Atlântica no Afeganistão, tinha concordado que as suas tropas permaneceriam no país.
Naquela altura, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança do Norte, disse que essa presença "teria a pegada ligeira", com "um componente militar".
o entorno
Além disso, há o Daesh, também conhecido como "Estado Islâmico", grupo terrorista que já foi citado, neste ano, entre as três maiores ameaças do mundo. O Daesh atua principalmente na Síria e no Iraque, mas recentemente têm surgido rumores sobre tentativas de estabelecer uma base também no Afeganistão. O relatório os chama de "combatentes estrangeiros", provenientes exatamente da Síria e do Iraque.
É de referir que o Daesh deve uma parte do seu nascimento às ações militares das tropas dos EUA no Iraque depois da invasão desse país, em 2003. Originado como "Estado Islâmico do Iraque", evolucionou de uma sucursal regional da al-Qaeda a seu antagonista, ocupando as manchetes internacionais.