"Continuam os casos de desaparecimentos forçados, as detenções arbitrárias, as torturas e os maus-tratos de pessoas acusadas de terrorismo ou ameaças à integridade territorial", denunciou Konstantin Dolgov, comissário do Ministério das Relações Exteriores russo para os direitos humanos, em uma reunião do comitê de apoio aos habitantes do sudeste da Ucrânia no Senado russo.
O funcuinário observou que o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos tem informações sobre "as torturas brutais e os maus-tratos de prisioneiros por parte da polícia".
"No entanto, estes casos permanecem impunes e não há investigação adequada contra os responsáveis pelos crimes e assassinatos de Maidan e Odessa", disse ele.
O diplomata exortou o governo ucraniano a corrigir a situação, que ele descreveu como "catastrófica", e a cumprir as regras do direito internacional humanitário.
Em abril de 2014, após os eventos da Praça Maidan em Kiev, a Ucrânia lançou uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste do país. Os combates deixaram mais de 9.000 mortos e 20.700 feridos, de acordo com estimativas da ONU, mas os números reais, segundo Dolgov, podem ser maiores.