“Nos próximos dias serão anunciadas boas notícias sobre a retomada completa de Ramadi”, disse o chefe do Estado-Maior, general-tenente Othman al-Ghanemi, citado pelo canal Iraqia TV.
Se Ramadi for recuperada, esta será a segunda maior cidade depois de Tikrit retomada ao Daesh no Iraque. Será um grande incentivo psicológico para as forças iraquianas, após conquista de um terço do território iraquiano pelo Daesh no ano passado.
As fontes militares anunciaram na terça-feira (22) que o exército iraquiano iniciou uma grande operação contra as posições fortificadas na parte central da cidade.
“O exército iraquiano assaltou as primeiras linhas defensivas de terroristas do Daesh no centro da cidade e agora está engajado em combates pesados de rua…”, informaram as fontes.
Os militantes do Daesh estão “em estado de confusão e caos” no contexto do progresso da operação do exército do Iraque, disse o porta-voz das Forças Armadas iraquianas, Yahya Rasoul Abdullah, nesta quarta-feira (23).
“Estamos muito perto do centro da cidade”, acrescentou.
A organização terrorista Daesh (proibida na Rússia e reconhecida como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando o jihadista da tendência salafita jordaniano Abu Musab al-Zarqawi fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.