A briga no parlamento europeu, que aconteceu neste mês, e os insultos mútuos entre o ministro da Administração Interna, Arsen Avakov, e o governador de Odessa, Mikhail Saakashvili, exacerbam as divergências que ameaçam "afogar" o governo e interromper a provisão de um empréstimo do FMI de 17,5 bilhões de dólares. O próximo momento de virada será a votação para o orçamento de 2016, escreve a revista.
"O principal perigo é que alguns políticos de alto escalão terão prazer em contrariar a adoção do orçamento e evitar a luta contra a corrupção. Se o acordo com o FMI não acontecer, a confiança voltará a ser quebrada, e não terá nenhum crescimento econômico no próximo ano”, diz o gerente de gestão de caixa do Aberdeen Asset Management Plc, Viktor Sabo.
"A julgar pelos acontecimentos recentes, a Ucrânia está mais perto do suicídio político", afirma o diretor de programas do Fundo Marshall alemão Joerg Forbrig.
De acordo ele, se o desejo das autoridades ucranianas de mudar a postura não vier, os conflitos internos continuarão e a aproximação com o Ocidente será interrompida, o que vai beneficiar apenas a Moscou.
De acordo com o índice da organização internacional Transparency International, a Ucrânia é um dos países mais corruptos, ocupando o 142 ° lugar entre 175 posições.