“Estes sionistas quando cometem crimes de guerra (e política de assentamentos é um crime de guerra evidente) e depois [um deles] recebe um cargo diplomático, este fato contradiz todas as leis de diplomacia. A posição do Brasil era previsível porque nós – o povo palestino sempre respeitava os povos e governos da América Latina por causa da sua posição em relação ao Mundo Árabe e especialmente em relação à Palestina”.
Ele também apelou à abertura de processos penais contra os ocupantes da Palestina:
“É preciso boicotar e processar no Tribunal Penal Internacional todas as pessoas ligadas à ocupação da Palestina por cada crime de guerra cometido contra a Palestina. É preciso aplicar os esforços conjuntos dos países árabes e demais que reconhecem os direitos do povo palestino para responsabilizar os criminosos”.
A candidatura de Dani Dayan para o cargo de embaixador israelense no Brasil foi apresentada oficialmente em agosto. Desde então, o Planalto prefere se calar a sua postura.
No entanto, na quarta-feira da semana em curso, dia 23, a embaixada da Palestina no Brasil rompeu o silêncio diplomático afirmando que desaprova desta nomeação.
Uma fonte na embaixada palestina citada pelo jornal Valor informou de um encontro com a representação brasileira em Ramallah, capital da Autoridade Nacional Palestina.
Em vista da postura brasileira e da situação internacional atual, dar credencial a Dayan significaria fomentar as divergências já existentes entre Israel e a Palestina e aumentar a tensão internacional.
Já prolongar ainda mais o anúncio da decisão pode resultar em críticas ao governo brasileiro. No ano passado, o porta-voz da chancelaria israelense, Yigal Palmor, chamou o Brasil de "anão diplomático" após o país latino-americano ter retirado o seu embaixador, na sequência de um ataque israelense contra a Faixa de Gaza.