Não ao ‘ajuste de Macri’: Funcionários públicos argentinos resistem à ameaça neoliberal

© REUTERS / Marcos BrindicciPresidente da Argentina, Mauricio Macri, logo após a tomada de posse na Casa Rosada
Presidente da Argentina, Mauricio Macri, logo após a tomada de posse na Casa Rosada - Sputnik Brasil
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Milhares de pessoas voltaram às ruas da Argentina na terça-feira (29) para protestar contra as medidas neoliberais de Mauricio Macri, que, em pouco menos de três semanas na Presidência do país, cortou investimentos sociais, alterou a Lei de Meios e, agora, decretou a revisão de 24 mil empregos públicos e de 11 mil concursos realizados desde 2013.

​A mobilização, concentrada em frente ao Ministério do Trabalho, em Buenos Aires, foi convocada pela Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), um dos maiores sindicatos de funcionários públicos da Argentina, no mesmo dia em que vários novos decretos presidenciais foram publicados no Diário Oficial.

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Segundo um deles, ministros, secretários da Presidência, autoridades de organismos descentralizados, empresas e sociedades do Estado deverão revisar, “em um prazo não maior do que seis meses”, os contratos e concursos públicos realizados nos últimos três anos. Na prática, a medida neoliberal põe em risco 24 mil postos de trabalho.

Os manifestantes também protestam contra o chamado “ajuste de Macri”, após a desvalorização de quase 30% do peso argentino e a disparada da inflação. Em carta dirigida ao presidente, a ATE exigiu medidas contra a precarização do trabalho público e a valorização do salário mínimo, cujo valor “está abaixo das necessidades básicas” e cujos aumentos “não compensaram a inflação”.

​Sobretudo, questiona-se a veia autoritária e antidemocrática da nova Presidência, que vem governando por meio de decretos e, assim, impondo medidas fortemente repudiadas por grande parte da população. 

​Segundo o ministro da Justiça argentino, Germán Garavano, a assinatura do chamado Decreto de Necessidade e Urgência foi a “única maneira” de o governo conseguir mudar certas estruturas básicas deixadas pelo período kirchnerista. "Não temos Congresso e há decisões urgentes", disse ele, à guisa de justificativa.

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