O líder político da oposição e secretário-geral do partido Ação Democrática (AD), Henry Ramos, em sua coluna semana publicada no jornal "Nuevo País", disse que as partes que compõem a chamada Mesa da Unidade Democrática (MUD) estão empenhadas em promover uma mudança de governo nos próximos seis meses.
"O primeiro passo que devemos dar é consolidar o compromisso da liderança opositora, de que Maduro deve sair antes de 2019", quando termina seu mandato, concluiu.
O líder opositor detido, Leopoldo López, já havia manifestado durante a semana passada a mesma inclinação para realizar uma mudança de governo nos próximos seis meses
"Não se pode esperar as eleições presidenciais do ano de 2019. A mudança política na Venezuela tem data e é o primeiro semestre de 2016", escreveu López em uma conta no Twitter.
No último dia 6 de dezembro as forças do Grande Polo Patriótico (GPP) obtiveram 55 deputados na Assembleia Nacional, enquanto que a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) ganhou 112 cadeiras no plenário, maioria inédita em 17 anos de bolivarianismo na Venezuela.
"Na Venezuela, no dia 6 de dezembro, triunfou uma contrarevolução não democrática", escreveu o presidente Nicolas Maduro na página do Twitter oficial da presidência.
#FOTO @NicolasMaduro: en Venezuela, el 6D triunfo una contrarrevolución no democrática pic.twitter.com/SJfqck1gs7
— Prensa Presidencial (@PresidencialVen) 30 dezembro 2015
Segundo a mídia estatal venezuelana, a TeleSUR, está em curso uma tentativa de golpe de Estado parlamentar por parte da oposição.
“Após a vitória circunstancial da oposição nas eleições parlamentares do último dia 6 de dezembro, representantes dos partidos de direita anunciaram a intenção de aprovar medidas neoliberais que atentam contra as conquistas sociais obtidas ao longo da revolução bolivariana”, escreveu a TeleSUR.
Segundo o presidente Maduro, a MUD ganhou as legislativas graças a uma “guerra econômica” que elevou os níveis de insatisfação popular – ou seja, graças à inflação artificial do preço das importações, alavancada por uma elite hostil ao bolivarianismo.