McFeat, que trabalha na mina Kumtur, situada a 220 km de Bishkek, capital do Quirguistão, e a uma altura de 4 mil metros, foi detido na noite do dia 3 de janeiro pela polícia quirguiz após uma postagem que tinha divulgado no Facebook ganhara repercussão.
Naquela postagem, datada de 31 de dezembro de 2015, o mineiro colocou fotos de seus companheiros celebrando o Ano Novo em um restaurante.
"Um Hogmanay [véspera da Virada do Ano em quirguiz] fantástico graças a Bren De Los Santos [outro empregado da Kumtor]. Os quirguizes fazendo fila na porta do restaurante para provar o prato nacional, pênis de cavalo!", dizia a postagem.
McFeat referia-se ao chuchuk (ou sucuk), uma especialidade quirguiz feita de carne de cavalo.
A receita tradicional permite usar várias partes do animal para esta iguaria, mas a parte indicada por McFeat não é usada.
O comentário foi eliminado depois. O seu autor pediu desculpas dizendo que "nunca quis ofender ninguém".
No entanto, a postagem inicial provocou até uma greve organizada pelos empregados quirguizes da Kumtor em 3 de janeiro. Cerca de 1.300 pessoas reuniram-se para protestar contra os comentários do britânico, que, segundo eles, incitam a ódio racial.
Michael McFeat dirige o departamento de soldagem da Kumtor, governada por uma empresa estadunidense.
O jornal britânico Telegraph informa que os pais de McFeat defendem o seu filho, dizendo que ele "não quis nada de mau".
Segundo a família, o mineiro equivocou-se. "Foi um comentário nada sério", disse a mãe dele, Marilyn, citada pelo Telegraph.
A embaixada do Reino Unido no Quirguistão está investigando o assunto.