Os resultados foram apresentados no mais recente relatório mensal sobre a Síria do chefe da OPAQ, Ahmet Uzumcu.
O relatório da OPAQ diz que, segundo os dados do governo sírio, as armas químicas foram usadas 11 vezes.
"Em um caso, a análise de algumas amostras de sangue indica que os indivíduos estavam em certo momento expostas ao sarin ou a uma substância parecida com o sarin. Outras investigações seriam necessárias para determinar quando ou em que circunstâncias tal exposição pode ter ocorrido", diz Ahmet Uzumcu, citado pela Reuters.
Por sua vez, os rebeldes, apoiados por uma série de países estrangeiros, negaram o uso de armas químicas.
Várias fontes também informaram que os materiais químicos, particularmente o gás mortal sarin, foram entregues da Turquia para militantes sírios.
O último a falar publicamente sobre as acusações foi Eren Erdem, membro do Partido Republicano do Povo (CHP) da oposição turca. Em dezembro de 2015, ele revelou para o canal russo RT que Ancara estava ciente dos fornecimentos de sarin com grupos terroristas via a Turquia.
Em dezembro de 2015, o governo sírio e as Nações Unidas assinaram o Mecanismo de Investigação Conjunta. Damasco concordou em cooperar para conduzir suas atividades de acordo com as decisões da ONU. O mecanismo foi criado em agosto de 2015 para identificar os envolvidos no uso de armas químicas na Síria.
A Síria concordou em destruir todo o seu arsenal de armas químicas em setembro de 2013, ao abrigo de um acordo negociado com os EUA e a Rússia depois de centenas de pessoas foram mortas em um ataque com gás sarin na periferia de Damasco.