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Consultor do Senado: Mercosul deve muito ao Brasil

© AP Photo / Jorge SaenzCúpula do Mercosul.
Cúpula do Mercosul. - Sputnik Brasil
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O Congresso Nacional realizará em março a primeira grande Sessão Plenária para apreciar suas posições junto a diversos organismos internacionais, entre eles, dois dos mais expressivos blocos regionais, o Mercosul e o Parlasul.

“O Brasil é um país que valoriza muito o Mercosul”, afirma o especialista Eugênio Arcanjo. “E o Mercado Comum do Sul deve muito ao Brasil.” Quanto ao Parlasul, “nosso país é o que mostra mais empenho em que o Parlamento Sul-Americano se transforme realmente numa Casa mais normativa e que apresente propostas concretas”.

O advogado Eugênio Arcanjo é consultor legislativo do Senado Federal na Área do Direito Internacional e para as Relações Internacionais, assessorando diretamente os parlamentares brasileiros (senadores e deputados federais) nas questões pertinentes ao posicionamento do Brasil ante as mais importantes questões de política externa e do relacionamento com organismos internacionais.

Sobre a posição dos parlamentares brasileiros em relação às atuais divergências internas do Mercosul, em particular a questão entre a Argentina do novo Presidente Mauricio Macri e a Venezuela de Nicolás Maduro, Eugênio Arcanjo diz que “quando partimos para o cenário internacional as posições dos parlamentares brasileiros são muito próximas, aglutinativas, embora nesse assunto da Venezuela, que é mais sensível, haja mais divergências entre uma bancada mais progressista e outra mais conservadora em relação à visão da Venezuela. O Presidente Macri adotou as medidas que ele predisse, em discurso, que adotaria, e isso está fazendo parte da grande discussão no momento, da rediscussão do Mercosul. Por outro lado, Macri tomou medidas de abertura do comércio, de destravamento do comércio com o Brasil, que estava com muitas travas não tributárias, e isso impulsiona e gera um clima bom para a negociação”.

O consultor legislativo do Senado Federal ressalta que está se tratando de “um novo rumo, uma nova visão no continente que está se tentando e não sabemos como vai se firmar nesse cenário”.

“O importante é que Brasil e Argentina, basicamente, são como Alemanha e França na União Europeia, e que eles tenham uma sintonia e consigam ultrapassar as divergências, para superar esta crise.”

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