O banco, entretanto, destaca que a economia mundial está aumentando o ritmo de crescimento, em comparação com o resultado de 2,4% de 2015. Os países em desenvolvimento crescerão em 4,8%, os EUA em 2,7%, a zona do euro em 1,7% e a China em 6,7%, prevê o banco.
Fraco crescimento dos mercados emergentes
O principal “freio” do crescimento econômico mundial serão os países emergentes, informa o banco. “O fraco crescimento nos grandes mercados emergentes exercerá influência negativa sobre o crescimento global em 2016. No entanto, a atividade econômica deverá sofrer um leve aumento até 2,9%, comparando com o de 2,4% em 2015, a medida que as economias desenvolvidas acelerarem”, explica o relatório.
Ainda em 2015, o crescimento foi menor do que o esperado, em função da queda do preço das matérias primas, do encolhimento do comércio internacional e do fluxo de capitais, bem como da volatilidade financeira, destaca o banco.
Segundo o vice-presidente e economista chefe do banco, Kaushik Basu, os riscos aumentaram nos últimos seis meses e será necessária uma política qualificada a ser implementada pelos bancos centrais na área monetária e pelos governos na área fiscal.
Brasil continua em recessão, China desacelera
Depois de enfrentar forte recessão em 2015, a economia brasileira continuará a encolher neste ano, informou o Banco Mundial. A instituição espera para este ano uma contração de 2,5%. Para 2015, a entidade projeta recuo de 3,7%.
A desaceleração da economia Chinesa seguirá seu curso este ano. O PIB da China crescerá 6,7%, contra 6,9% registrados em 2015, prevê o banco. Já a região da Ásia e do Pacífico cresceu 4,6% no ano passado, sem considerar a China na equação. Os riscos para essa região estão relacionados à possibilidade da desaceleração chinesa acontecer mais rápido do que o esperado. O Banco Mundial também previu riscos de volatilidade financeira na região.
Crescimento no mundo
Na América Latina, em geral, há previsão de lenta recuperação, após a recessão de 0,9%, sofrida em 2015, mas o crescimento será nulo. No Oriente Médio o crescimento será de 5,1%, contra 2,5% em 2015, em função da retirada das sanções contra o Irã, que, desse modo, desempenhará um papel estratégico nos mercados globais de energia. Também devem crescer outros exportadores de petróleo, se os valores do produto estabilizarem.
“Na região [Oriente Médio] permanecem os riscos de escalação do conflito e da queda dos preços do petróleo”, alerta o relatório.
O sul da Ásia apresenta boas perspectivas de crescimento e deve apresentar o resultado de 7,3%, contra os 7% de 2015. O relatório ressaltou que, desde o ano passado, a Índia passou a liderar o crescimento econômico global, com estimativas de expansão de 7,3% em 2015, 7,8% este ano e 7,9% em 2017 e 2018.
Já na África, segundo as previsões do banco, o crescimento, excluindo os países do norte africano, será de 4,2%, contra 3,4% registrados em 2015.