There's another explanation for Sunni-Shia politics in the MidEast: Oil. Most Gulf oil rests in Shiite areas. pic.twitter.com/NLuCqUZicK
— Muhammad Lila (@MuhammadLila) 6 janeiro 2016
A Arábia Saudita não é uma exceção a esta regra. Os principais campos petrolíferos do país estão localizados na maior província do reino – a Província Oriental, de maioria xiita. O proeminente clérigo xiita Nimr al-Nimr, recentemente executado por Riad – fato que desencadeou uma onda de indignação e protestos entre os xiitas do mundo todo –, vivia na aldeia local de al-Awamiyah.
"Se esta seção do leste da Arábia Saudita fosse se separar, a realeza saudita seria reduzida a apenas alguns [velhos] de 80 anos sem nada a não ser uma grande quantidade de tintura de barba e prescrições de Viagra", escreveu Schwarz. "Assim, um dos medos mais profundos da família real saudita é que um dia os xiitas sauditas se separem, com seu petróleo, e se aliem ao Irã xiita".
"Claro, é muito simples dizer que tudo o que acontece entre sauditas e iranianos pode ser rastreado até ao petróleo. O desdém e até o ódio pelos xiitas parecem ser parte do DNA da versão peculiarmente sectária e beligerante que a Arábia Saudita tem do Islã", acresentou o analista.
No entanto, o petróleo segue sendo um dos fatores mais importantes nas tensões entre sunitas e xiitas.