No final da noite de sábado, logo após a autoridade religiosa máxima do Irã, Ali Khamenei, declarar que a Arábia Saudita iria pagar bem caro pelas 47 execuções, um grupo de iranianos depredou e incendiou a Embaixada saudita em Teerã.
No domingo, 3, houve a confirmação da ruptura das relações diplomáticas entre os dois países.
A tensão aumentou ainda mais na segunda, 4, quando Bahrein e Sudão, solidários à Arábia Saudita, também anunciaram o rompimento de relações diplomáticas com o Irã. Como se não bastasse, na quarta-feira, 6, o Irã acusou a Arábia Saudita de bombardear deliberadamente sua Embaixada em Sanaa, no Iêmen.
Diante da intensificação destas tensões, aumentou a preocupação mundial em relação a um possível confronto militar entre Arábia Saudita e Irã, embora as autoridades sauditas tenham garantido que tal hipótese não irá se concretizar.
No entanto, do ponto de vista do aparato bélico, qual é o potencial de Arábia Saudita e Irã? Quem responde a esta pergunta é o jornalista Pedro Paulo Rezende, especialista em questões bélicas e militares:
Apesar dessas características, Pedro Paulo Rezende não acredita que haverá confronto militar entre Irã e Arábia Saudita:
“Não creio nesta hipótese. Uma guerra declarada entre Arábia Saudita e Irã levaria à internacionalização do conflito, ao fechamento dos territórios marítimos por onde circula o comércio mundial de petróleo. Uma situação destas não interessa a ninguém. De modo que nem iranianos nem sauditas, muito menos as grandes potências bélicas mundiais, permitirão que haja choque militar entre os dois países, pois as consequências seriam devastadoras para todo o mundo.”