‘EUA precisam aprovar estratégia de Putin na Síria’

© Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensAviação russa realiza ataques localizados contra instalações dos terroristas na Síria
Aviação russa realiza ataques localizados contra instalações dos terroristas na Síria - Sputnik Brasil
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Segundo a revista americana National Review, Washington deveria aceitar uma verdade desconfortável: o presidente russo, Vladimir Putin, adotou a estratégia certa na Síria.

Presidente russo Vladimir Putin e secretário de Estado dos EUA, John Kerry, durante uma reunião no Kremlin. 15 de dezembro. - Sputnik Brasil
Porta-voz: Putin não falou com Kerry sobre condição de participação de Assad nas eleições
Aceitar a postura do Presidente Vladimir Putin na Síria é uma necessidade desconfortável que Washington deveria reconhecer para poder estruir o Daesh, escreveu o jornalista Jay Hallen em um artigo publicado pela revista americana National Review.

Segundo Hallen, é "compreensivelmente difícil" para o governo Obama alinhar-se publicamente com a Rússia, "mas o mínimo que podemos fazer é dar nosso apoio tácito."

"Isto significa que deveríamos parar de criticar incessantemente as atividades russas na Síria e evitar medidas de obstrução, como persuadir Grécia e Bulgária a fecharem seu espaço aéreo a aviões militares russos", escreveu Hallen.

O autor afirma ainda que a aprovação a política do Presidente Putin na Síria é uma de três "verdades desconfortáveis que o governo Obama deve reconhecer para solucionar a questão na Síria.

 

Além da estratégia de Putin na Síria, as outras questões que Washington teria dificuldade para engolir envolvem “a admissão de que o Oriente Médio era mais seguro e estável com Saddam Hussein e Muammar Kadhafi no poder" e o fato de que "a política estrangeira realista triunfou sobre a política idealista, pelo menos no Oriente Médio."

Partindo desses três pontos, Hallen chega à conclusão de que neste momento, é necessário que os EUA se alinhem ao presidente sírio, Bashar Assad.

"Apoiar Assad, portanto, é aceitar que nossos objetivos idealistas são inalcançáveis e que apenas o duro realismo pode apoiar nossos interesses estratégicos, pelo menos no Oriente Médio", escreveu o autor.

Em seu ponto de vista, apoiar Assad "é o único caminho realista" que ajudará no processo de retorno da estabilidade pré-Primavera Árabe à região e na destruição do Daesh.

"Ninguém está mais motivado para destruir o Daesh do que Assad, que gostaria de vingança pelas atrocidades que o Daesh cometeu contra soldados sírios capturados", apontou Hallen.


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