Segundo Hallen, é "compreensivelmente difícil" para o governo Obama alinhar-se publicamente com a Rússia, "mas o mínimo que podemos fazer é dar nosso apoio tácito."
"Isto significa que deveríamos parar de criticar incessantemente as atividades russas na Síria e evitar medidas de obstrução, como persuadir Grécia e Bulgária a fecharem seu espaço aéreo a aviões militares russos", escreveu Hallen.
O autor afirma ainda que a aprovação a política do Presidente Putin na Síria é uma de três "verdades desconfortáveis que o governo Obama deve reconhecer para solucionar a questão na Síria.
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— Syrian Updates (@syrializer) January 1, 2016
Além da estratégia de Putin na Síria, as outras questões que Washington teria dificuldade para engolir envolvem “a admissão de que o Oriente Médio era mais seguro e estável com Saddam Hussein e Muammar Kadhafi no poder" e o fato de que "a política estrangeira realista triunfou sobre a política idealista, pelo menos no Oriente Médio."
Partindo desses três pontos, Hallen chega à conclusão de que neste momento, é necessário que os EUA se alinhem ao presidente sírio, Bashar Assad.
"Apoiar Assad, portanto, é aceitar que nossos objetivos idealistas são inalcançáveis e que apenas o duro realismo pode apoiar nossos interesses estratégicos, pelo menos no Oriente Médio", escreveu o autor.
Em seu ponto de vista, apoiar Assad "é o único caminho realista" que ajudará no processo de retorno da estabilidade pré-Primavera Árabe à região e na destruição do Daesh.
"Ninguém está mais motivado para destruir o Daesh do que Assad, que gostaria de vingança pelas atrocidades que o Daesh cometeu contra soldados sírios capturados", apontou Hallen.