Muitos especialistas e funcionários norte-americanos criam e usam uma imagem hostil da Rússia a fim de manter os seus cargos, escreve o ex-agente da CIA Philip Giraldi, agora diretor executivo do Conselho para o Interesse Nacional, no seu artigo publicado pelo jornal American Convervative.
Giraldi reconheceu que "há muitos americanos mais velhos na mídia e no governo, bem como nos grupos de reflexão (think tanks) que sempre consideram a Rússia como país inimigo."
"E depois há os tipos mais astutos que precisam sempre da ameaça de um inimigo para manter os seus empregos bem remunerados no próprio governo e também nos centros analistas, os quais contam com o bem-estar do complexo da indústria militar e do Congresso", disse ele.
O ex-agente também se perguntou porque a Casa Branca e os mídia dos EUA não conseguem perceber o fato de que "um bom relacionamento com a Rússia é indispensável».
Giraldi vê a Rússia como um bom parceiro na Síria e uma força motriz para manter as conversações atuais sobre como resolver o impasse sírio. Além disso, a Rússia "tem sido consistentemente um aliado confiável contra o terrorismo».
«Ninguém tem de amar a Mãe Rússia ou Vladimir Putin para apreciar o que é do interesse dos EUA para desenvolver uma relação de cooperação baseada em interesses comuns", frisou Giraldi.
Neste ano, disse Giraldi, Putin confirmou a disponibilidade do seu país para cooperar com os Estados Unidos.
"É uma proposta que não deve e não pode ser recusada por quem se preocupa realmente com os Estados Unidos da América e o povo americano", concluiu Giraldi.