Trata-se do EDCA, sigla inglesa do Acordo Ampliado de Cooperação na Área da Defesa. A votação teve lugar por causa de uma petição de ativistas e legisladores filipinos que queriam reconhecer o acordo como inconstitucional.
Durante a madrugada, parlamentares e funcionários públicos esperavam com ansiedade a decisão, que veio finalmente, aprovada por 10 votos a favor e 4 contra.
O EDCA, assinado em abril de 2014, prevê o aumento, durante um prazo de 10 anos, do contingente militar estadunidense nas Filipinas, "com base nos princípios de presença temporária e rotativa". A implantação de aviões de combate e navios da Força Naval estadunidense também fica permitida.
Os autores da petição descartada hoje pelo Supremo Tribunal temem também o aumento da tensão na região por causa da vontade de Washington de conter a China no arquipélago de Spratly.
A agência de notícias Reuters informa que dezenas de ativistas estão protestando na entrada do prédio do tribunal afirmando que a deliberação é "inaceitável", já que favorece a transformação do país em uma "plataforma de lançamento de uma intervenção militar na região".
Segundo os manifestantes, o acordo só irá piorar as relações com a China.
A agência cita também militares filipinos que dizem ter notado uma intensificação dos exercícios militares estadunidenses, inclusive navais e aéreos.
As ilhas Diaoyu, chamadas ilhas Senkaku pelo Japão, são objeto de disputa entre os dois países. A Sputnik soube hoje que o Japão está pronto para enviar a sua Marinha às ilhas Senkaku. A declaração respectiva foi feita pelo ministro da Defesa do Japão, Gen Nakatani.
A China insiste que as Filipinas e o Vietnã, que também têm litígios territoriais com Pequim, abusam do apoio dos EUA para agravar a situação na região.