O manifesto “Iniciativa de universitários pela paz”, que reivindica o fim da intervenção das forças de segurança contra os integrantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no Sudeste do país, de maioria curda, foi assinado por quase 1.200 pessoas na última segunda-feira (11).
Em discurso na última quinta-feira (14), em Ancara, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o grupo de universitários "colocou-se claramente no campo da organização terrorista e cuspiu o seu ódio sobre o povo turco”. Ele afirmou que “os supostos intelectuais são indivíduos sombrios que não têm qualquer respeito pela sua pátria”, acusando-os de traição.
As autoridades turcas acreditam que o Partido de União Democrática (PYD) é afiliado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado oficialmente como uma organização terrorista na Turquia, apesar dos curdos sírios estarem envolvidos em batalhas severas com o Daesh (Estado Islâmico).
Apesar da Turquia ter aderido à coalizão internacional contra o Daesh liderada pelos EUA, o exército turco realiza sobretudo ataques aéreos contra curdos, enfraquecendo assim a força terrestre que desde muito tempo resiste às ofensivas dos terroristas. Em outubro neste ano a Turquia alvejou as posições curdas quando a milícia YPG (sigla em curdo para Unidades de Proteção Popular), afiliada do PYD, atravessou o rio Eufrates para lutar contra o Daesh.