Após o encontro, Lavrov realizou uma entrevista coletiva onde disse aos jornalistas que foram discutidos os passos práticos para assegurar o cessar-fogo na Síria, excluindo os grupos terroristas.
“O processo político, esperamos, começará proximamente, durante o mês de janeiro. Foram propostas várias datas mas a decisão final será tomada pelo secretário-geral da ONU sob recomendação do seu enviado especial Staffan de Mistura”, disse Lavrov.
Segundo Lavrov, a parte americana fez algumas propostas em relação à coordenação das ações na Síria. As partes confirmaram a importância de resolver os problemas humanitários da Síria e a prontidão russa de coordenar as suas ações com parceiros norte-americanos da melhor forma. Ao mesmo tempo, o chanceler russo destacou que “a luta contra os terroristas permanece um aspeto central na frente síria”.
Além disso, os chanceleres dos dois países discutiram a situação no Oriente Médio e África do Sul.
“Falamos sobre a situação no Iraque, na Líbia. A nossa conclusão comum em relação aos vários conflitos no Oriente Médio e no norte da África consiste em que a Rússia, bem como os EUA, se manifestam a favor da soberania e integridade territorial de todos os países desta região”, disse. “Primeiramente, trata-se da Síria e do Iraque, porque em relação a estes países frequentemente dizem que seria bom criar no seu lugar alguns Estados separados. A Rússia, bem como os EUA estão categoricamente contra isso. Vamos fazer todo o possível nos nossos passos práticos com outros parceiros, inclusive na região, para evitar tais roteiros”.
A posição comum russa e norte-americana é que as questões das eleições locais, da anistia de todos os envolvidos nos desenvolvimentos no Sudeste da Ucrânia, do estatuto especial permanente de Donbass, das emendas da Constituição da Ucrânia são um único pacote de elementos ligados uns aos outros que será analisado em conjunto. Também, Lavrov e Kerry concordaram que os acordos de Minsk não deverão ser revisados porque já contêm a sequência das ações necessárias.