Imagina-se que o gigante gasoso seja quase tão grande quando Netuno e orbita a bilhões de quilômetros de distância da órbita do oitavo planeta: longe o bastante para levar de 10 mil a 20 mil anos para dar uma volta completa em torno do sol.
O Planeta 9, como os pesquisadores o chamam, ainda não foi localizado. Eles basearam a descoberta em cálculos matemáticos e modelagem computadorizada, e anteciparam sua descoberta via telescópio, que deve acontecer dentro de cinco anos ou menos.
Brown insiste que, uma vez detectado, deve haver um debate planetário ao estilo do de Plutão. O astrônomo foi chamado de "assassino de Plutão", quando ajudou a conduzir a acusação contra o "ex-planeta" que resultou no rebaixamento do seu status em 2006, para planeta-anão.
Seu colega de pesquisa é o cientista planetário Konstantin Batygin. "Pela primeira vez em mais de 150 anos, existem boas evidências de que o censo planetário do sistema solar esteja incompleto", disse Batygin, referindo-se a descoberta de Netuno, como planeta 8.
Ambos basearam sua previsão no fato de que seis objetos no gelado Cinturão de Kuiper, também conhecido como Zona do Crepúsculo — uma longínqua região do sistema solar — parecem ser influenciados por apenas uma coisa: um planeta verdadeiro.
Dependendo de onde o novo planeta esteja em sua órbita oval, um telescópio especial pode ser necessário para confirmar sua presença, disseram os pesquisadores. Eles afirmaram que os telescópios disponíveis podem detectar o planeta, caso ele esteja relativamente próximo de nós em seu caminho em torno do sol. Estima-se que ele esteja de 32 bilhões a 160 bilhões de quilômetros de distância da Terra.