Segundo o político, há demanda por uma tal bolsa. A China é o segundo consumidor de diamantes no mundo depois dos EUA. O Japão é um grande consumidor. O vice-premiê propôs começar negociações com os consumidores tradicionais da China porque será mais fácil para eles ir a Vladivostok do que a Antuérpia, na Bélgica.
“Temos interesse no assunto. <…> Sim, precisamos de uma bolsa de diamantes, o que é mais importante é que ali serão vendidos diamantes bem como produtos finais – os brilhantes”, disse Bunin.
Konstantin Bunin afirmou que organizar a bolsa não é uma tarefa fácil. Para além de ter que criar novos postos de controle alfandegário, coordenar taxas alfandegárias e organizar o território de desenvolvimento acelerado, terão que ser resolvidos muitos outros problemas.
Durante o Fórum Económico Oriental, que teve lugar no início de setembro de 2015, o vice-ministro das Finanças, Aleksei Moiseyev, disse que o governo russo irá ter em conta a experiência da bolsa de diamantes de Xangai.
“Com certeza, a experiência da bolsa de diamantes de Xangai é interessante em particular porque é uma única estrutura na China responsável pela importação de diamantes e brilhantes. Ou seja, importar diamantes para todo o enorme território da China é possível através de uma única bolsa de diamantes. Com certeza, isso permite controlar todas as correntes financeiras, todas as correntes de produtos. É uma vantagem para a indústria“, afirmou Bunin.
A procura de diamantes e outros produtos de luxo recentemente baixou na China, primeiramente, devido à luta contra a corrupção. Entretanto, a procura destes produtos na China crescerá nos próximos 5-10 anos mais rapidamente do que na maioria dos países por causa do aumento do padrão de vida em geral. Segundo o consórcio mineiro Rio Tinto Group, a China ocupa 13% do mercado global de diamantes, o seu valor atinge 85 bilhões de dólares por ano.