Já no Nordeste a queda no nível de emprego foi de 3,74%, sendo o Estado de Pernambuco o mais afetado, com mais de 89 mil vagas fechadas.
De forma geral, todos os Estados apresentaram mais demissões do que contratações, anulando os resultados positivos dos últimos dois anos. Desde 2002, as contratações estavam sempre superando as demissões, mas ao somar 2013 e 2014 se chega justamente a cerca de 1,5 milhão de postos de trabalho, o mesmo número em perdas de vagas de 2015.
De acordo com o levantamento oficial, o único setor que teve contratações em 2015 foi o do agronegócio, que empregou 9,8 mil pessoas.
“Encerramos 2015 com um estoque de trabalho, de emprego no mercado formal, de 39.663 milhões postos de trabalho. Estamos num patamar superior a dezembro de 2012. Nós preservamos as conquistas importantes dos últimos anos em relação à ampliação forte do mercado de trabalho. Portanto, não é verdade, não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas dos últimos anos. Se nós pegarmos a série de 2013 até 2015, preservamos um volume alto no mercado formal de trabalho de 16,8 milhões de postos de trabalho.”
Já o Deputado Federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) ressalta que desde 2014 o panorama da oferta de empregos no Brasil já apresentava estagnação, com economia zero, sem crescimento:
“Você soma os números negativos a toda a loucura que tem o sistema tributário brasileiro, a elevada taxa de juros, a elevação da inflação, e aí vem um círculo negativo que tomou conta do país. Não há medida econômica do Governo que estanque essa hemorragia em que está vivendo o Brasil, e quem mais paga é o trabalhador.”
Então, não há solução? O emprego formal tende a desaparecer?
O Deputado Luiz Carlos Hauly ainda chama atenção para o fato de que, neste círculo de empregados e desempregados, aqueles que estão sendo recontratados estão sendo readmitidos com salários menores. Segundo Hauly, está na hora de sair desse círculo negativo. “O momento é de se repensar o país de uma forma global.”