“As atividades de assentamentos são uma violação da lei internacional e contradizem os pronunciamentos públicos do governo de Israel em apoio da solução do conflito, que prevê a existência de dois Estados”, disse em um comunicado o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O comunicado surgiu após confrontos diplomáticos entre Washington e Jerusalém quando o embaixador estadunidense em Israel, Dan Shapiro, disse que Washington estava "preocupado e perplexo" com a estratégia de Israel de construir assentamentos na Cisjordânia.
“Nós acreditamos que [os assentamentos] são fundamentalmente incompatíveis com a solução do conflito que prevê os dois Estados e põem em causa, francamente, o apego do governo à solução de dois Estados”, disse vice-porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner na quarta-feira (20).
Os responsáveis israelenses não responderam à condenação global pela anexação das terras palestinas, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sugeriu na semana passada que a construção, tanto humanitária quanto outra, da União Europeia naquela área é ilegal.
“Constroem sem autorização, contrariando as regras aceites e há uma clara tentativa de criar realidades políticas”, disse à mídia.
Para justificar a captura de terras, Israel tem usado a lei otomana de 1858, de acordo com o qual a terra não cultivada por algum tempo pode ser revertida para propriedade estatal.
Estes 154 hectares fazem parte da terra que os palestinos reclamam para o reconhecimento do seu Estado independente na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, áreas ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.