Em novembro de 2015 a mídia russa, polonesa e tcheca já havia informado sobre o possível projeto da organização Prazer Sem Risco (Rozkoš bez rizika), que visa ultrapassar um tabu existente na República Tcheca sobre a esfera sexual das pessoas com deficiência.
Segundo a opinião de Petr Eisner, consultor de pessoas com deficiências que ensina funcionários de serviços sociais, as pessoas muitas vezes encaram a sexualidade destas pessoas como algo “escandaloso, anormal e pervertido”.
Segundo ele declarou à publicação Blesk.cz, uma pessoa descapacitada “é percebida como uma coisa, como um animal, como uma criança eterna”.
“As necessidades sexuais das pessoas com deficiências podem apresentar problema para os seus parentes. Mas estas necessidades devem ser ‘abordadas’, e não proibidas”, disse Milan Langer, que sofre de paralisia desde a infância, ao canal de TV polonês TVN24.
Os representantes da organização e as próprias assistentes sublinham que não se trata de prostituição (esta, aliás, não está proibida na República Tcheca), mas sim de ajuda às pessoas.
Uma assistente de sexo tem o direito de determinar o volume de serviços prestados após avaliar as peculiaridades de cada pessoa.
“Para as pessoas com deficiência se trata de uma ajuda psicológica. Não se trata de sexo todo o tempo, trata-se de ensinar um paciente a satisfazer as suas necessidades, aceitar-se si mesmo e o seu corpo”, notou a funcionária da organização Lucie Sidova na entrevista para TVN24.
Os serviços prestados custam 1.200 coroas por hora (cerca de 45 euros) e as assistentes de sexo só podem trabalhar caso cumpram vários requisitos, inclusive têm que possuir um certificado de empresário.