Durante os debates entre representantes do Partido Democrático, a política sublinhou que a sua determinação dependerá da disposição do Kremlin de atingir um compromisso.
“Bom, isso depende daquilo que vá receber em troca”, comentou Clinton a questão da possibilidade de um novo “reinício” no diálogo com a Rússia.
Na altura do primeiro aparecimento do termo “reset” (em inglês, traduzido como “reinício”), Hillary [então secretária de Estado], juntamente com o vice-presidente Joe Biden, propagava ativamente a política de recuperação do diálogo com a Rússia. Mas a ideia do “reset” terminou em um sério impasse político quando, em agosto de 2008, teve lugar o conflito militar entre a Rússia e a Geórgia.
"O diálogo quase parou e as nossas relações em seguida atingiram novamente um dos pontos mais baixos – agora sabemos que poderia ter sido ainda pior", lembrou o cientista político russo Igor Zevelev, citado pelo site.
No entanto, o especialista Viktor Muzin fez lembrar que, antes disso, Hillary Clinton tinha feito declarações duras em relação à Rússia.
Mesmo tendo em conta a popularidade relativa de Clinton e a sua considerável experiência, será difícil para ela persuadir os eleitores que ela saberá lidar bem com a política externa, escreve Muzin.
De acordo com ele, os norte-americanos ainda não esqueceram o erro que Clinton cometeu em 2012 aquando do assassinato do embaixador dos EUA na Líbia. Segundo a opinião de oponentes da presidenciável, o erro foi devido à sua negligência em relação aos problemas de segurança da embaixada. Além disso, o escândalo dos seus e-mails de trabalho continua ainda na memória dos eleitores.