A cidade de Homs é um dos símbolos do conflito atual. “Capital da revolução” anti-Assad em 2011, foi de fato sediada até 2014, quando, em maio, as forças governamentais conseguiram retomar o controle da cidade e expulsar os terroristas do Daesh (grupo terrorista também conhecido como “Estado Islâmico”). Hoje em dia, Homs vive um processo de restauração e reconciliação.
Um dos membros do Comitê pela Reconciliação em Homs que funciona na cidade desde 2011, Muhsin El Hidir, contou os detalhes do processo para prevenir confrontos interconfessionais em Homs. Segundo ele, este processo tem por objetivo estabelecer laços sólidos entre todas as camadas da sociedade. El Hidir afirmou que a cidade de Homs se tornou um alvo da influência exterior que provoca tensões interconfessionais.
“Esforçamo-nos para organizar coexistência pacífica de todas as confissões e correntes religiosas no nosso território”, afirmou.
El Hidir afirmou que para ele o problema é bastante pessoal. Já foram mortas muitas pessoas inocentes, inclusive mulheres e crianças.
“Precisamos de abandonar as armas e iniciar o diálogo de paz. Meu filho também foi morto. Entretanto, não posso, não tenho direito de ceder aos sentidos de ódio e vingança e continuar o círculo vicioso”, disse o membro do comitê.
Um exemplo de tais atividades são os almoços conjuntos organizados pelos órgãos civis locais. Qualquer habitante da cidade, qual que seja a sua religião, pode participar destes almoços.
Há que notar que Homs é a cidade irmã de Belo Horizonte.