De acordo com Sheikholeslam, o país já tem provas de que houve envolvimento de cidadãos estrangeiros no caso.
Hossein Sheikholeslam sublinhou que o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, condenou fortemente este crime e prometeu punir todos os culpados.
“Neste contexto eu queria fazer uma comparação com a atuação das autoridades sauditas quando ocorreu o incidente na vale de Mina quando na aglomeração de gente morreram 800 peregrinos, entre eles cidadãos iranianos. Até o momento, nenhum alto funcionário ou representante das autoridades sauditas pediu desculpa pelo acontecido e não admitiu que as forças da segurança tinham estado negligentes em relação aos cidadãos estrangeiros. Mais do que isso, as autoridades da Arábia Saudita culparam disso os próprios peregrinos”, destaca o conselheiro.
Por sua vez, o Irã promete punir os culpados. No entanto, Hossein Sheikholeslam fez lembrar que quando a embaixada iraniana foi atacada em Londres no decorrer da revolução islâmica, o Irã confiou a investigação à Grã-Bretanha e não se comportou de uma maneira agressiva.
“No entanto, o comportamento das autoridades sauditas não era nada tolerante, como devia ser. Parecia que eles sabiam e estavam esperando que tal caso acontecesse, para reagir de certa maneira: rompendo as relações diplomáticas. No resultado, a situação ficou muito tensa, o que não é bom para resolver uma série de crises na região”, disse o funcionário.
As relações entre o Irã e a Arábia Saudita deterioraram após a execução, em 2 de janeiro, de 47 pessoas por Riad, inclusive um proeminente clérigo xiita. Censurando esta ação, os manifestantes saíram às ruas do Irã, o maior país xiita, e atacaram a embaixada saudita na capital. Em resposta, Riad cortou as relações diplomáticas com Teerã.