“Estas ações provocativas devem aumentar a população de colonos, aumentando as tensões e minando as perspectivas para um processo político pela frente. Eu exorto o governo israelense a não usar a recente decisão pela Alta Corte de Israel de afirmar uma grande extensão de terras ao sul de Belém como terras do Estado para promover atividades de assentamento", disse Ki-moon durante um debate sobre o Oriente Médio no Conselho de Segurança da ONU.
No debate desta terça-feira, o representante permanente israelense na organização, Danny Danon, disse que "sentar e conversar é o primeiro passo para a paz, mas os palestinos se recusam a vir para a mesa. O que Israel quer? Simples. Queremos a paz com segurança. Essa é a única paz que durará".
Ban Ki-moon, entretanto, lembrou que, para resolver o impasse entre israelenses e palestinos, o Conselho de Segurança enviou o Quarteto para o Oriente Médio (composto por União Europeia, Rússia, EUA, e ONU) para se reunir com líderes palestinos e israelenses em 17 de dezembro de 2015.
"(Os enviados) reiteraram a necessidade urgente de medidas significativas, em consonância com os acordos anteriores, fortalecendo as instituições palestinas, a segurança e as perspectivas econômicas ao mesmo tempo em que devem ser abordadas as preocupações de segurança de Israel", disse Ban Ki-moon.
O Quarteto do Oriente Médio tinha emitido um comunicado dois meses antes chamando os palestinos e israelenses para tomar medidas significativas para restaurar a confiança e a esperança na viabilidade de uma solução de dois Estados negociada.
A solução de dois Estados remonta ao documento de 29 de Novembro de 1947, quando a Assembléia Geral das Nações Unidas na Resolução 181 recomendou a criação de estados árabes e judeus independentes.