"É preciso destacar que uma guerra secreta está sendo conduzida para baixar os preços de petróleo, na qual os sauditas e países produtores [de petróleo] do Conselho de Cooperação do Golfo continuam enchendo o mercado com matéria prima além do necessário e baixando os preços para enforcar o Irã. Mas não apenas ele, também a Rússia, a Argélia e a Venezuela – todo o "eixo anti-EUA" criado por esses países" – declarou o especialista em entrevista à RT, explicando tratar-se de países que se recusaram a seguir as exigências de Washington com relação à Ucrânia, Síria e Iemen.
Na opinião de Tahhan, a briga entre Riad e Teerã dificilmente conduzirá à uma guerra de fato, levando em conta o poderio militar e a extensão territorial do Irã. Além disso, segundo o especialista, a Arábia Saudita não conseguiria alcançar uma resolução por parte da ONU ou do Ocidente que condenasse o Irã e sugerisse a invasão desse país.
É mais provável, acredita o cientista político, que a própria Arábia Saudita seja atacada por aliados do Irã, como pelo Iemen, por exemplo. Nesse caso, se os campos de petróleo sauditas fossem destruídos, os preços voltariam a subir.
Apesar disso, Tahhan destacou que os EUA dificilmente se oporiam uma guerra entre Arábia Saudita e Irã, já que nesse caso Washington veria uma oportunidade para fornecer armas para ambos os lados lados do conflito.