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Dilma: cooperação com países da América Latina é a solução para a crise

REPORTAGEM DILMA EQUADOR
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A Presidenta Dilma Rousseff participou hoje da IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Quito, no Equador. Antes da reunião, em declaração à imprensa ao lado do presidente equatoriano, Rafael Correa, a chefe de Estado brasileira falou sobre a atual crise econômica, que afeta a maioria dos 33 países da região.

IV Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos – CELAC - Sputnik Brasil
Presidente do Equador diz que CELAC deve substituir uma OEA retrógrada
Em seu discurso, Correa disse que a desvalorização do petróleo e de outras commodities fizeram com que o seu país perdesse US$ 7 bilhões. O presidente do Equador admitiu que o Brasil é realmente uma liderança no processo de integração das Américas, e pediu a Dilma que ajude a resolver problemas existentes nas relações comerciais bilaterais.

De acordo com o líder equatoriano, produtos como camarão, pescado e banana, que são exportados pelo Equador para a Europa e para os Estados Unidos, enfrentam barreiras não tarifárias por parte do Brasil. Por outro lado, segundo ele, o Equador poderia importar caminhões e ônibus brasileiros. Para que isso ocorra, no entanto, Correa ressaltou que é preciso que o Brasil garanta linhas de financiamento para as empresas equatorianas.

Nos últimos dez anos, a balança comercial entre Brasil e Equador teve uma redução de quase 14%, passando de US$ 908 milhões, em 2006, para US$ 783 milhões em 2015.

A Presidenta Dilma respondeu ao pedido de Correa afirmando que as questões relativas ao comércio bilateral e aos investimentos de empresas brasileiras no Equador, especialmente em infraestrutura, vão ser resolvidas na segunda reunião da Comissão de Monitoramento do Comércio Brasil-Equador, marcada para a primeira semana de março.

Em discurso, Dilma afirmou que o Brasil e o Equador se comprometeram a lutar contra a pobreza e a desigualdade, além de buscar a cooperação econômica entre os países para superarem a crise.

“Nós concordamos sobre a necessidade de intensificar a cooperação econômica e comercial entre os países da América Latina e do Caribe para que possamos superar mais rapidamente os desafios impostos pela crise. Nós compartilhamos do entendimento de que mesmo diante de um cenário econômico de desafios e limites, nossa obrigação e compromisso primordiais são o bem-estar de nossas populações e o combate ativo à pobreza e à desigualdade”.

Sobre sua participação na IV Cúpula da Celac, Dilma Rousseff disse que o Brasil e o Equador têm em comum o compromisso com a integração regional, e que o organismo vai contribuir para levar essa questão para além da desgravação tarifária, e incluir, por exemplo, serviços e investimentos. A Presidenta também parabenizou o Equador pela grande dedicação e competência frente à presidência da Celac e como sede da Secretaria-Geral da Unasul, cujo Tratado Constitutivo foi assinado em 2008, em Brasília. De acordo com ela, o Brasil tem muito a compartilhar com os países da Comunidade latino-americana.

Ainda sobre as relações bilaterais com o Equador, a líder brasileira destacou o projeto do eixo Manta-Manaus, que ligará o Pacífico equatoriano à Amazônia e ao Atlântico, e a cooperação no combate ao tráfico de pessoas e na diminuição do fluxo migratório irregular com ingresso pelo estado do Acre, no Norte do Brasil.

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